A Reunião
- Rubens Gualdieri
- 13 de set.
- 2 min de leitura
Por Paulo "Papito" Franchetti Ontem, na casa do nosso digníssimo presidente Rocco, montamos os kits do Acelerando para a Vida. Montamos é modo de dizer.

Involuntariamente cheguei depois de o trabalho feito, lamentando por não poder colocar as mãos na massa – exceto na massa de pizza. Mas o gesto da boa vontade de trabalhar, ainda que não tivesse feito trabalho nenhum, deve ter contado bastante a meu favor. Ao menos foi o que pareceu, pois fui brindado pelo presidente com um fantástico Single Malt de 12 anos, que aqueceu o corpo e a alma. Por sorte, Valéria chegou ainda mais tarde do que eu, o que me valeu o reconfortante título de penúltimo a chegar. Como ela chegou impecável, do batom às unhas, e das unhas aos adereços todos, concluí que minha única vantagem foi ser homem e, assim, requerer menos toalete para aparecer em grande gala.
Ao redor da mesa, estavam todos os calmos: Martini, Cris, Andrea, Valéria, Kaká, Sílvio, o Baby Reborn e o dono da casa. Em pé, saltitando de fome, ansioso pelo caldinho ou pelo mingau de aveia noturno, inconformado com o horário que se escoava rapidamente, elétrico, engraçado e altissonante, ora num banquinho, ora de novo de pé num salto, interpelando toda a gente naquela agitação de fome que lhe é característica, Carleans Madruga de Brito, o madrugador e dormidor nas horas tempranas da fronteira uruguaia, aguardava a pizza, já sonhando, saudoso, com o travesseirinho que o aguardava desde as 21h, que é seu horário sagrado de recolhimento.
O acidente
Era tal a agitação numa ponta da mesa, que um fenômeno chamado ressonância, que derruba pontes e edifícios, ao se propagar pelo espaço de modo inadvertido, agiu na outra ponta, fazendo com que a pobre Valéria, que naquele momento apenas falava mal de um inocente qualquer, desabasse em grande fragor, com cadeira e tudo.
Nem isso restaurou o sossego, só instalado após a chegada da torre de pizzas encomendadas pelo Rocco, com a qual todos saciamos a fome – e o Cacá, a ansiedade pela última refeição noturna antes do sono desejado.
A pizza
Por isso mesmo, logo após a deglutição, que foi acelerada para a vida, como o evento, todos nos arrumamos nos carros – Sílvio no seu charmosíssimo conversível, para minha inveja boa e suprema – e saímos em comboio.
Não ficaria este relato completo se não referisse a exposição feita pela Kaká de como uma loja pode apoiar decidida e efetivamente um HOG. Ouvir o seu depoimento sobre como funcionavam as coisas no Rio foi um choque, uma vez que aqui nada temos, e tudo que fazemos foi, como ontem, ação voluntária e divertida. Sem qualquer apoio da nossa loja, ainda assim fizemos muito no passado e continuamos fazendo, neste renascimento do HOG, operado por essa diretoria que me deu a honra imerecida de participar dela, mesmo limitado como estou!
Moral
Em tudo há um lado bom, seria a moral da história. E o lado bom é essa energia, essa sinergia, essa vontade de construir mesmo nas condições adversas, um espaço de convivência, paixão pela moto e, sobretudo, alegria fraterna e contagiante.




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